As competições profissionais nacionais findaram e com elas a
pequena réstia de sanidade que mantinha todo o povo da bola minimamente
controlado.
Agora vem a pré-época e com ela todo um tsunami especulativo
que promete gerar expectativas histéricas no já de si mui impressionável
adepto. É tempo de dar largas à imaginação, tirar fotografias parvas e imprimir
títulos que, por qualquer critério remoto, ficarão para a História.
Com base nas experiências passadas, colocámos à disposição
um pequeno inquérito na barra lateral para os nossos apaniguados. A ideia é
tentar demonstrar que também conseguimos adivinhar coisas sem termos tantos tentáculos
como o simpático polvo Paul. E também utilizar uma ferramenta do Blogger que
tem sido marginalizada por nós, à laia de um Cebola qualquer desta vida.
São também experiências de defesos passados que queremos
partilhar de forma sucinta convosco.
Em 30 de Junho de 2007, Sreten Sretenovic colocou a fasquia
bem alta: iria mostrar valor. E “lá dentro”. Mas onde seria “lá dentro”? Dentro
de sua casa? Dentro da sua cabeça? Dentro da loja do Benfica a vender camisolas
do Bergessio em promoção? Uma incógnita que ainda hoje não foi resolvida. Estes
jornalistas d’”A Bola” foram, aliás, as últimas pessoas deste mundo a ver o
Sretenovic por mais de cinco minutos. E, obviamente, Sretenovic, esse motor de
sonhos a gasóleo, não poderia mostrar valor em tão pouco tempo. Nem valor nem
outra coisa qualquer.
Mais modesto, Valeri assumiu em Julho de 2009 que o máximo
que almejava por terras lusas era apanhar uma valente carraspana de caixão à
cova. O ar tresloucado que aparenta empresta total credibilidade à sua intenção.
Também admitiu que sabia dizer uma palavra concreta em português, mas,
lamentavelmente, foi logo uma palavra impronunciável no Dragão nessa temporada.
Pedro Emanuel e o sorridente prof. Jesualdo, como tipos porreiros, começaram
logo a pagar rodadas à vez e a cantar “e se o Valeri quer ser cá da malta, tem
que beber esse copo até ao fim” e blá-blá-blá. A bebedeira foi enorme. Há quem
diga que já ninguém sabia distinguir o Valeri do Prediger, tal o encharcanço,
mas isso é exagero: ninguém conseguia dizer quem era quem mesmo no estado
sóbrio.
Em Maio de 2010, era Paulo Sérgio a prometer que não iria
ficar em 2º lugar. Eis, finalmente, uma profecia que se cumpriu: ele ficou em
3º. Quer dizer, ele não, que entretanto foi tourear para outros lados, ainda o
3º lugar era uma miragem, mas a equipa que orientaria durante sensivelmente
meia-temporada. Não satisfeito, Paulo Sérgio, com a coragem que o caracteriza,
avançou que “não viria para encurtar distâncias” – e, de facto, não
encurtou, como atestam os 36 pontos finais de atraso para o campeão. E para
completar o ramalhete, na mesma frase põe uma vírgula e ameaça “[venho]
disputar o título”. O que também é verdade – eu próprio, em amenas tertúlias,
disputo títulos amiúde com os meus confrades, seja do maior devorador oficioso
de tremoços, seja da bisca lambida. Ou seja, Paulo Sérgio disputou um título,
não de futebol, mas, sei lá, do forcado que percebe mais de bola do concelho de
Lisboa ou qualquer coisa do género. Portanto, eis um exemplo de como até capas
inicialmente tidas como absurdas poderão vir a concretizar-se. Mesmo na silly
season.
3 comentários:
Ainda vi o Sretenovic jogar pelo Leixões e deu logo para perceber que tinha excelentes aptidões para ser um grande porteiro de discoteca
3 CAPAS mesmo so pa historia um foi pa escocia e os outros dois nunca os vi lol
Assertanabicha e o novo Miterobish
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