quarta-feira, maio 23, 2012

Assim Se Faz História


As competições profissionais nacionais findaram e com elas a pequena réstia de sanidade que mantinha todo o povo da bola minimamente controlado.

Agora vem a pré-época e com ela todo um tsunami especulativo que promete gerar expectativas histéricas no já de si mui impressionável adepto. É tempo de dar largas à imaginação, tirar fotografias parvas e imprimir títulos que, por qualquer critério remoto, ficarão para a História.

Com base nas experiências passadas, colocámos à disposição um pequeno inquérito na barra lateral para os nossos apaniguados. A ideia é tentar demonstrar que também conseguimos adivinhar coisas sem termos tantos tentáculos como o simpático polvo Paul. E também utilizar uma ferramenta do Blogger que tem sido marginalizada por nós, à laia de um Cebola qualquer desta vida.

São também experiências de defesos passados que queremos partilhar de forma sucinta convosco.
Em 30 de Junho de 2007, Sreten Sretenovic colocou a fasquia bem alta: iria mostrar valor. E “lá dentro”. Mas onde seria “lá dentro”? Dentro de sua casa? Dentro da sua cabeça? Dentro da loja do Benfica a vender camisolas do Bergessio em promoção? Uma incógnita que ainda hoje não foi resolvida. Estes jornalistas d’”A Bola” foram, aliás, as últimas pessoas deste mundo a ver o Sretenovic por mais de cinco minutos. E, obviamente, Sretenovic, esse motor de sonhos a gasóleo, não poderia mostrar valor em tão pouco tempo. Nem valor nem outra coisa qualquer.
Mais modesto, Valeri assumiu em Julho de 2009 que o máximo que almejava por terras lusas era apanhar uma valente carraspana de caixão à cova. O ar tresloucado que aparenta empresta total credibilidade à sua intenção. Também admitiu que sabia dizer uma palavra concreta em português, mas, lamentavelmente, foi logo uma palavra impronunciável no Dragão nessa temporada. Pedro Emanuel e o sorridente prof. Jesualdo, como tipos porreiros, começaram logo a pagar rodadas à vez e a cantar “e se o Valeri quer ser cá da malta, tem que beber esse copo até ao fim” e blá-blá-blá. A bebedeira foi enorme. Há quem diga que já ninguém sabia distinguir o Valeri do Prediger, tal o encharcanço, mas isso é exagero: ninguém conseguia dizer quem era quem mesmo no estado sóbrio.
Em Maio de 2010, era Paulo Sérgio a prometer que não iria ficar em 2º lugar. Eis, finalmente, uma profecia que se cumpriu: ele ficou em 3º. Quer dizer, ele não, que entretanto foi tourear para outros lados, ainda o 3º lugar era uma miragem, mas a equipa que orientaria durante sensivelmente meia-temporada. Não satisfeito, Paulo Sérgio, com a coragem que o caracteriza, avançou que “não viria para encurtar distâncias” – e, de facto, não encurtou, como atestam os 36 pontos finais de atraso para o campeão. E para completar o ramalhete, na mesma frase põe uma vírgula e ameaça “[venho] disputar o título”. O que também é verdade – eu próprio, em amenas tertúlias, disputo títulos amiúde com os meus confrades, seja do maior devorador oficioso de tremoços, seja da bisca lambida. Ou seja, Paulo Sérgio disputou um título, não de futebol, mas, sei lá, do forcado que percebe mais de bola do concelho de Lisboa ou qualquer coisa do género. Portanto, eis um exemplo de como até capas inicialmente tidas como absurdas poderão vir a concretizar-se. Mesmo na silly season.

3 comentários:

Ricky_cord disse...

Ainda vi o Sretenovic jogar pelo Leixões e deu logo para perceber que tinha excelentes aptidões para ser um grande porteiro de discoteca

Unknown disse...

3 CAPAS mesmo so pa historia um foi pa escocia e os outros dois nunca os vi lol

Gino Magnacio disse...

Assertanabicha e o novo Miterobish

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